O atual líder da equipe Williams e ex-diretor de estratégia da Mercedes na Fórmula 1, James Vowles, acredita que o “talento instintivo de [Lewis] Hamilton supera o de Michael Schumacher”.
Vowles, um engenheiro inglês, teve a oportunidade de trabalhar com ambos os heptacampeões da F1 na Mercedes. Primeiramente, com o piloto alemão Schumacher, que competiu pela equipe entre 2010 e 2012, e posteriormente com o piloto britânico Hamilton, que substituiu Schumacher a partir de 2013 e permanece na equipe até hoje. Durante sua permanência na Mercedes, Hamilton conquistou seis de seus sete títulos, destacando-se no período de ouro da equipe no início da era híbrida.
No entanto, Schumacher foi a “estrela da companhia” durante o retorno da escuderia à elite global do automobilismo, após a aquisição da Brawn, onde Vowles já ocupava o cargo de chefe de estratégias. Schumacher contribuiu para as conquistas da equipe em 2009, tanto no campeonato de construtores quanto com o piloto britânico Jenson Button.
Vowles detalhou sua comparação entre os dois heptacampeões durante uma entrevista ao podcast High Performance, destacando que Lewis Hamilton é o piloto mais instintivo e talentoso com quem já trabalhou, incluindo Michael Schumacher. Ele elogiou a mentalidade brilhante de Hamilton quando se juntou à Mercedes, enfatizando a determinação em vencer todas as corridas a qualquer custo. No entanto, observou que Hamilton, ao longo do tempo, passou a compreender que o sucesso também pode ser alcançado com posições como segundo e terceiro lugares, aceitando a importância de trabalhar em equipe nos dias em que a vitória individual não é possível.
Vowles também fez uma observação crítica ao falar sobre a “treta” entre Hamilton e Rosberg, destacando que, na Mercedes, o objetivo era vencer fazendo as coisas “melhor que todos os outros”. Ele reconheceu Michael Schumacher como um homem incrível, mas apontou que a marca de 1997, quando Schumacher se envolveu em uma colisão intencional com Jacques Villeneuve na decisão, ainda o afeta. Vowles expressou sua preferência por ser lembrado por ser dominante, em contraste com a polêmica incidente de Schumacher em 1997.
